PRATAS DA CASA - 1ª EDIÇÃO
PRIMEIRA EDIÇÃO DO PRATAS DA CASA – 30/04
Essa é a primeira edição do “Pratas da Casa”, evento especialmente desenvolvido para homenagear os artistas que contribuíram de maneira relevante com a cultura da cidade, reconhecendo a grandiosidade de suas obras e toda representatividade que cada um tem na história de Marília.
Através de uma curadoria foram escolhidos 10 nomes para essa noite, sendo uma menção honrosa e uma homenagem póstuma.
Esses brilhantes artistas foram selecionados entre diversas linguagens culturais.
A intenção do “Pratas da Casa” é realizar um resgate da vida dos artistas da cidade e também documentar tudo para deixar registrado, eternizando as obras e histórias, para que outras gerações possam se inspirar. A produção cultural local é um tesouro que precisa ser valorizado e preservado.
Vamos assistir um trechinho da conversa que tivemos com eles, lembrando que a história é tão rica que não se resume a poucos minutos de apresentação, mas se perpetuam pela história de Marília, em nossa própria história, com momentos que gostaríamos de eternizar.
Preparados para se emocionar? Vamos aos artistas!
Com a intenção de resgatar, catalogar e reconhecer a contribuição de artistas marilienses as artes para que não se percam com o tempo.
Em uma noite especial, convidamos toda a sociedade para uma viagem no tempo, para relembrar nomes e personalidades que marcaram a história da nossa cidade de Marília e colaboraram significativamente com seus feitos na cultura local.
1 – Artesanato – Tami Tanabe Saisaki
Tamie Tanabe Saisaki nasceu em uma fazenda, perto de Avencas, dia 14 de julho de 1938. Os pais Keizo e Michiko Tanabe vieram de Yamanashi, um estado próximo a Tókio, no Japão.
Tami foi professora de matemática por 25 anos e, ao se aposentar aos 47 anos, decidiu viver para si e fazer coisas que sempre quis. Como gostava muito de arte matriculou-se em cursos de pintura, crochê, culinária para passar o tempo e foi aí que se encontrou.
Da leveza de suas obras, suas mãos resgatam e valorizam a arte oriental. Sua lucidez e pró-atividade no auge dos seus 87 anos de vida nos inspiram.
Já fez diversas exposições e tem infinitas obras e deixa uma mensagem de vida que vale a pena ser seguida. Tami conta sobre sonhos e da busca pela realização pessoal.
Não conseguimos defini-la: sabedoria, serenidade e resiliência que contagiam!
2 – Áudio Visual – Alexandre Costa (pianista)
Nascido em Campo Grande, em 1967, seu interesse pela música aconteceu de forma muito natural quando, ainda criança, gostava muito de escutar músicas de filmes como Star Wars e Super Man.
Quando tinha 12 anos de idade uma tia vó lhe presenteou com Beethoven e a partir desse momento, ouvindo a 6ª Sinfonia, foi descobrindo a música. Aprendeu nesse momento a apreciar e curtir a música clássica, sem julgamentos, apenas sentindo a canção.
Quando já estava vivendo há 10 anos em São Paulo e cansado da cidade grande, queria um lugar mais tranquilo e, quando surgiu a oportunidade de mudar-se para Marília, com a proposta de assumir a turma de alunos de uma professora de piano, não pensou duas vezes.
Desembarcou em Marília no ano de 1991 e foi aqui que construiu sua família, onde seus dois filhos nasceram e mais recentemente sua netinha, a Melissa de apenas um ano.
Alexandre conta que a área da composição surgiu de forma espontânea em sua vida. O pianista, compositor e professor possui grande experiência com o público e já se apresentou em países como França, Estados Unidos, Argentina de todo território brasileiro.
Você, Alexandre tem algo a mais que um músico. Além de talento, uma dose a mais de inspiração.
Calma, simplicidade.
Aplausos, muitos aplausos!
3 – Aquarela – Maria Amélia Camargo
Nasceu em Marília, em 1959, filha de uma costureira “Dona Amélia” e neta de “Maria Luiza”, avó materna que veio do sítio para cidade, elas foram sua grande inspiração para a arte.
De sua ancestralidade de mulheres fortes, lembra-se com carinho de sua avó paterna “Jesuína”, que não conheceu pessoalmente, apenas através das histórias que seu pai contava, se inspirou no mistério da ausência, uma parte da história que faltou e que sempre quis completar.
Dos detalhes de como foi criada, uma infância muito lúdica e estimulada, se recorda qual foi o seu primeiro desenho e conta como isso se tornou uma necessidade em sua vida.
Interessou-se pela ciência também no mesmo aspecto de curiosidade do mundo, foi professora universitária, exerceu a profissão com bastante entusiasmo, mas foi nas aquarelas, colagens, em meio a tecidos que construiu suas melhores histórias afetivas.
Com uma linguagem artística própria, Maria Amélia desenvolveu através de experimentação a sua identidade, usando texturas, buscando o elo com a natureza, com a transcendência, ela trouxe esses elementos para arte com muita sensibilidade e potência.
Em sua exposição “Tecituras” uma arte elaborada a partir de materiais simples como retalhos, casca de árvore e papelão que apesar das diversas características, possuem relação entre si e quando juntos se transformam em obras expressivas que instigam (mexem/interrogam) o observador.
A natureza fluída da aquarela, da arte abstrata; cores, água, afeto, Maria Amélia é um ser especial! E aqui, onde é esse teatro hoje, na década de 70 em um galpão, fazia aula de artes com o mestre Braz Alécio.
Tudo isso é muito vivo na memória de Maria Amélia.
Acessível, doce e brilhante, temos muito que aprender com ela!
4 – Dança – João Moraes
Primeiro filho de três irmãos, João veio ao mundo prematuro de sete meses, na maternidade Gota de Leite. Seus pais vieram de Maceió.
Viveu até os 15 anos no mato e começou a se interessar pela dança por conta da folia de reis que passava nas fazendas, onde morava. Trancava-se no quarto da mãe e ficava em cima da cama de molas, dançando.
Aos 21 anos começou a trilhar o caminho do teatro, com o grande repertório que construiu, em 1999 criou a “Giros”, que não era apenas uma companhia de dança, ia além, era voltada para a consciência corporal do artista. Dava aulas em uma sala que construiu no quintal de sua casa.
Compromissado com a arte, João leva o seu trabalho a sério. Seu eu pessoal, profissional e humano se conectam, se preocupa com o que contexto em que vive.
É um bailarino completo, dança com o corpo e a alma, considera a arte o seu alimento, e a sua visão sobre as diversidades é a expressão de toda sua sensibilidade.
No espetáculo “Duas lágrimas para Kazuo Ohno”, que é dirigido e interpretado por ele, traz uma homenagem a Kazuo Ohno, uma homenagem a esse artista que dançava com as mãos, mestre da arte butô.
Em “Obscuro” retrata seu olhar diante da pandemia, sentiu na pele as emoções e tem a delicadeza que só um grande artista consegue acessar.
Afeto, talento e sensibilidade. Com vocês, João Moraes!
5 – Musica / Banda – Elias Gattas Junior
Formado em odontologia, foi na música que viveu suas maiores histórias. Participou da formação de algumas bandas, foi ganhador de diversos festivais, conheceu muita gente importante no cenário da música.
No contexto onde os musicais eram um incentivo aos jovens músicos, dentre eles nossa estrela, o jovem Elias esboçava seu talento desde criança quando quis aprender a tocar violão clássico.
Com muita técnica, pro atividade e talento, Elias construiu seu nome no mercado da música. Sua primeira banda chamava-se “Rabels”, já com os integrantes do “The Franciscan Boys” e o apoio do frei Alexandre Siqueira neves, o “Frei Boy” percorreram diversas cidades pelo Brasil, onde faziam shows em cinema. Viajavam em uma perua que foi carinhosamente apelidada de “Francisquinha”.
Marília vivia uma época onde havia muitos festivais, grupos musicais que, inspirados em bandas como “Beatles” viviam uma efervescência na cena musical do Brasil, alguns se tornaram inesquecíveis para Elias como o 1◦ Festival Universitário de Presidente Prudente, onde recebeu das mãos de Duprat, arranjador de grandes ídolos, por quem Elias nutre grande admiração o troféu e o 1◦ Festival de Musica Autoral de Marília, no Sagrado Coração de Jesus, que venceu com a musica “Saturnino de Brito”.
Passando pela formação de “Bill & Bony e banda Cio da Terra”, a sua não menos importante carreira como ator. Ao lado de seu amigo Waldir Silveira Mello fez a sua primeira peça “Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera”, participou com os músicos de “Orfeu Negro” do programa televisivo que tinha a Hebe Camargo como apresentadora. Com bastante sentimento e saudade Elias se lembra com carinho dos tempos de teatro de arena e convivência com Waldir.
Uma de suas paixões, o Taekwondo, o fez se tornar o primeiro faixa preta do Brasil, em 1970 foi campeão brasileiro e, junto com a delegação mariliense e seu grão mestre Kung Mo Bang, participaram de um desfile no caminhão do corpo de bombeiros.
Na década de 90 montou a banda “Yara Show”, uma big banda com 25 músicos e 45 componentes, fazendo muito sucesso em turnês pelo Brasil.
Atualmente se apresenta com a banda “Capitão Fumaça” que, com seu som esfuziante e uma marca registrada, a motocicleta em cima do palco, fascina o público e relembra clássicos do rock billy.
Elias é um artista completo: talentoso, compromissado com a musica e uma trajetória dedicada as artes.
Como musico e interprete atravessou diversas gerações e vem se realizando, encantando e emocionando a todos.
Com uma personalidade agregadora, de trazer para perto e dar oportunidade para os talentos, levou o nome de Marília para todos os cantos.
Nunca parou de tocar carnaval, faz isso há 35 anos, na bagagem traz um coração repleto de lembranças e grandes momentos para contar e que gostaríamos de eternizar.
6 – Instrumentalista – Ricardo Matsuda
Filho caçula de uma família com cinco irmãos, sendo três homens e duas mulheres, Ricardo Matsuda nasceu na Santa Casa de Misericórdia de Marília, em 1965. Seu pai Okoto Matsuda fotografava diversos ídolos da época, dentre eles sua maior estrela: Ricardo e, ao lado de sua mãe, Kazuko Matsuda o introduziam de maneira leve ao mundo musical.
Seus 4 irmãos: Yolanda, Wilson, Eduardo e Edna assim como seus pais foram muito importantes para a formação de Ricardo. Com generosidade e paciência ensinaram muitas coisas a ele, o que faz com que alimente um sentimento de gratidão, admiração e amor genuíno.
A sua primeira experiência impactante foi ainda criança, com 2 anos de idade, quando seus irmãos e pais o levaram para assistir alguns desfiles onde se apresentava a banda do colégio Cristo Rei, uma banda de fanfarra da qual Ricardo era fã.
Seu primeiro contato efetivo com o violão se deu através de seu irmão Wilson que, tocava como autodidata e foi quem pacientemente o ensinou seus primeiros acordes, dedilhados, sendo a sua grande inspiração.
Demonstrou seu encantamento pelos instrumentos desde os primeiros passos e, apesar de muito jovem, já tinha sido conquistado pela música.
Aos 12 anos de idade, um tio querido, carinhosamente chamado de “Tio Tika” o presenteou com uma bolsa de estudos. As aulas eram ministradas pelo “Professor Kawagutti”, um amigo da família. Vale citar que, com um ano e meio de curso, seu professor chamou o pai de Matsuda dizendo que não tinha mais o que ensinar a ele. O menino prodígio já tinha aprendido tudo sobre notas, partituras e arranjos.
Tão importante quanto para a sua formação, o “Projeto Talento” que promovia encontros de jovens músicos aprendizes, lhe permitiu um intercâmbio muito rico, conheceu nesse período amigos queridos que fazem parte de sua vida até os dias atuais.
Chegou a tocar alguns carnavais com o musical “Peoples” e teve a felicidade de integrar o trio elétrico “Som da Massa”, tocando baixo e guitarra baiana.
Da sua iniciação musical com o seu irmão, o tio Tika, professor Kawagutti e toda a sua família, serviram para a construção de quem Ricardo é hoje, sendo grandes incentivadores em todos os processos.
Vivendo em Campinas desde 1984, foi lá que se profissionalizou como músico, realizou diversas turnês pelo Brasil e mundo, países como Argentina, México, Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros.
Nesses anos todos vem trabalhando como arranjador e instrumentista para dezenas de produções independentes nacionais de álbuns e também como compositor de trilhas para teatro, cinema e dança.
Com 5 cd´s autorais lançados, “Dança das Estações”, “Amares”, “Espelho”, “Contos Instrumentais”, “O Cravo e a Rosa”, além da inclusão de uma composição e arranjos na obra “Campinas de Todos os Sons” da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, atualmente mantém trabalhos singulares. No “Duo Viola e Cravo” promove encontro de dois instrumentos representativos de culturas distintas, a viola caipira que representa a cultura brasileira e o cravo, que é um instrumento relacionado com a musica europeia. Esse projeto tem sido fonte de muitas alegrias, premiações e turnês.
7 – Fotografia – Lu Crepaldi
Criatividade não tem limite
Arquiteta por formação e dona de uma criatividade que não tem limite, Luciana Crepaldi é uma artista visual impecável.
Quando criança via o seu pai, que tinha uma câmera de vídeo, expor em telas de grande formato a história de vida da sua família. Momentos como o seu nascimento, de suas irmãs, o casamento e lua de mel de seus pais aguçavam algo naquela sonhadora menina.
Em 1999 Luciana comprou um scanner e durante seis anos intensos se escaneou. O resultado desse trabalho que a fez se descobrir como artista foi chamado de “Escaneandome” e atraiu olhares de circuitos de arte e cultura do Brasil, França, Portugal, Estados Unidos, Alemanha e na Espanha, especialmente em Barcelona, onde Lu construiu grandes momentos.
A partir desse trabalho com scanner, reconhecido como referência na arte de escanografia, vieram diversos outros igualmente incríveis, como tudo que faz.
Com um olhar humanista, sensível e criativo, foi premiada diversas vezes, conseguindo projeção internacional.
Reconhecida como artista contemporânea deixou uma marca que vai além de suas criações exuberantes. Lu, que também atua como arte-educadora em oficinas culturais, promovendo e ampliando a formação de fotógrafos, desenvolve em seus alunos um olhar mais sensível e apurado, despertando o melhor de cada um para que possam criar seus repertórios e fotografias autorais.
Buscando sempre o autoconhecimento de seus pupilos, os faz reconhecer o talento que carregam consigo, transformando olhares e despertando para uma carreira profissional.
Com vasto repertório, aclamada e premiada, Luciana segue brilhando em seus trabalhos. Em “Paisagens Sonoras”, cuja intenção é desconectar o apreciador da internet e inseri-lo na natureza, para isso, espalhou folhas pelo chão, identificou todos os pássaros que fotografou, captou sons de chuva, grilo, coruja.
Com “Impermanentes” onde captou as casinhas de madeira de Marília, foi buscar a memória afetiva que cada pessoa tinha dela. Inicialmente fotografou por fora e, quando entrou, viu que aquelas pessoas tinham muitas coisas para dizer.
Lu reproduz sons, imagens, objetos, como os elementos das casinhas, o ranger do assoalho, o abrir e fechar da porta de madeira, o ferver da água para um café.
Suas exposições são uma verdadeira imersão, tem o poder de nos transportar para o ambiente da fotografia.
Humanidade, diversidade, coletivismo, respeito às minorias. Lu faz questão de dar caminhos para que seus alunos possam se encontrar na vida o quanto antes para que possam brilhar!
8 – Muralista – Juraci Neris
Juraci Neris tinha 15 anos quando arrumou um trabalho de alfaiate em São Paulo. Queria mesmo era desenhar, o que fazia desde criança, mas seu pai pensando em seu futuro pediu para que seguisse na profissão que já estava encaminhado.
Uma de suas inspirações, seu avô Antônio Lopes Navas, veio da Espanha e também pintava, vivia na mesma cidade que Pablo Picasso, em Málaga.
Anos mais tarde, o destino fez com que sua vontade em expressar a sua arte se tornasse real.
De 1987 a 1999 atuou como muralista nas pinturas dos filmes em cartaz no saudoso Cine Pedutti. Esses murais ficavam expostos em frente ao cinema mais famoso da história de Marília, atraindo o público e, mais que isso, olhares admirados com a grandeza e perfeição daquelas obras. A força e beleza de sua arte eram o melhor convite para assistir as exibições dos filmes.
Impecável em tudo que faz, Juraci segue requisitado, seja nas telas que pinta ou na costura de seus alinhados e famosos ternos, atuante até os dias de hoje.
O artista que alinhava as suas criações, transformando em beleza e inspiração e que tinha o poder de nos transportar para aquela atmosfera desenhada.
Vamos conhecer essa força e simplicidade?
9 – Ator / Teatro – Marcio Martins
Nasceu em Marília, na Santa Casa de Misericórdia, cresceu e vive até hoje no bairro Cascata. Seu pai era de Timburi e a mãe de Marília.
Ele lembra quando pequenininho seu pai o levou ao teatro para assistir uma peça infantil e nesse dia um ator teve uma atitude inusitada, como se fosse um presságio do seu futuro.
Seu pai sempre foi um incentivador de sua arte, estimulando, acompanhando e apoiando, não existiam distâncias para que chegassem a suas apresentações com o saudoso fusca.
Marcio estudou música, canto e, incentivado pela mãe, se formou em Artes Cênicas.
Viveu por 10 anos em São Paulo onde participou de diversas companhias e, ao retornar a Marília, trouxe em sua bagagem muita vontade de realizar projetos parecidos com os que participou.
Em seu coração a vontade de fazer com que as experiências que teve na capital se tornassem realidade em Marília, a semente foi plantada com a criação da ELAM, Escola Livre de Artes de Marília e, mais tarde, gerou frutos com o Projeto Teatro da Cidade.
Um projeto que atendia crianças, jovens, adultos e a melhor idade, virou um projeto de teatro para a cidade de Marília, como ele tanto sonhava que acolhe tantos artistas que também estão em busca dos seus sonhos.
Com muita sensibilidade e em meio a lágrimas de orgulho e emoção, vem ver como ele se sente ao ver um aluno atuando.
10 – Aquarelista – Haydeé Monteiro (Postuma) texto Wilza
Haydeé Monteiro foi uma pintora aquarelista. Dos 88 anos que viveu, dedicou 45 à pintura. Suas telas retratam desde cenas cotidianas, paisagens e animais até seus temas preferidos como São Francisco. Realizou sua primeira Exposição em 1976, em Ilhabela. Em Marília, expôs pela primeira vez em 1977. Ao longo da sua trajetória como artista participou de inúmeras premiações, leilões e mostras.
Haydeé morreu aos 88 anos, em 30/08/2020.
Artista aquarelista, referência na cidade de Marília,possuía em sua carreira muitas exposições. Suas obras eram variadas: gostava de pintar paisagens, flores e também autorretratos.
Homenagens: Câmara Municipal e Rotary Clube.
A artista foi casada com Emili Biggi, italiano da cidade de Treviso, com quem teve um filho, Carlos Monteiro Biggi.
Haydeé deixa um legado de muito amor a arte e muita saudade da família e amigos.
Essa é a primeira edição do “Pratas da Casa”, evento especialmente desenvolvido para homenagear os artistas que contribuíram de maneira relevante com a cultura da cidade, reconhecendo a grandiosidade de suas obras e toda representatividade que cada um tem na história de Marília.
Através de uma curadoria foram escolhidos 10 nomes para essa noite, sendo uma menção honrosa e uma homenagem póstuma.
Esses brilhantes artistas foram selecionados entre diversas linguagens culturais.
A intenção do “Pratas da Casa” é realizar um resgate da vida dos artistas da cidade e também documentar tudo para deixar registrado, eternizando as obras e histórias, para que outras gerações possam se inspirar. A produção cultural local é um tesouro que precisa ser valorizado e preservado.
Vamos assistir um trechinho da conversa que tivemos com eles, lembrando que a história é tão rica que não se resume a poucos minutos de apresentação, mas se perpetuam pela história de Marília, em nossa própria história, com momentos que gostaríamos de eternizar.
Preparados para se emocionar? Vamos aos artistas!
Com a intenção de resgatar, catalogar e reconhecer a contribuição de artistas marilienses as artes para que não se percam com o tempo.
Em uma noite especial, convidamos toda a sociedade para uma viagem no tempo, para relembrar nomes e personalidades que marcaram a história da nossa cidade de Marília e colaboraram significativamente com seus feitos na cultura local.
1 – Artesanato – Tami Tanabe Saisaki
Tamie Tanabe Saisaki nasceu em uma fazenda, perto de Avencas, dia 14 de julho de 1938. Os pais Keizo e Michiko Tanabe vieram de Yamanashi, um estado próximo a Tókio, no Japão.
Tami foi professora de matemática por 25 anos e, ao se aposentar aos 47 anos, decidiu viver para si e fazer coisas que sempre quis. Como gostava muito de arte matriculou-se em cursos de pintura, crochê, culinária para passar o tempo e foi aí que se encontrou.
Da leveza de suas obras, suas mãos resgatam e valorizam a arte oriental. Sua lucidez e pró-atividade no auge dos seus 87 anos de vida nos inspiram.
Já fez diversas exposições e tem infinitas obras e deixa uma mensagem de vida que vale a pena ser seguida. Tami conta sobre sonhos e da busca pela realização pessoal.
Não conseguimos defini-la: sabedoria, serenidade e resiliência que contagiam!
2 – Áudio Visual – Alexandre Costa (pianista)
Nascido em Campo Grande, em 1967, seu interesse pela música aconteceu de forma muito natural quando, ainda criança, gostava muito de escutar músicas de filmes como Star Wars e Super Man.
Quando tinha 12 anos de idade uma tia vó lhe presenteou com Beethoven e a partir desse momento, ouvindo a 6ª Sinfonia, foi descobrindo a música. Aprendeu nesse momento a apreciar e curtir a música clássica, sem julgamentos, apenas sentindo a canção.
Quando já estava vivendo há 10 anos em São Paulo e cansado da cidade grande, queria um lugar mais tranquilo e, quando surgiu a oportunidade de mudar-se para Marília, com a proposta de assumir a turma de alunos de uma professora de piano, não pensou duas vezes.
Desembarcou em Marília no ano de 1991 e foi aqui que construiu sua família, onde seus dois filhos nasceram e mais recentemente sua netinha, a Melissa de apenas um ano.
Alexandre conta que a área da composição surgiu de forma espontânea em sua vida. O pianista, compositor e professor possui grande experiência com o público e já se apresentou em países como França, Estados Unidos, Argentina de todo território brasileiro.
Você, Alexandre tem algo a mais que um músico. Além de talento, uma dose a mais de inspiração.
Calma, simplicidade.
Aplausos, muitos aplausos!
3 – Aquarela – Maria Amélia Camargo
Nasceu em Marília, em 1959, filha de uma costureira “Dona Amélia” e neta de “Maria Luiza”, avó materna que veio do sítio para cidade, elas foram sua grande inspiração para a arte.
De sua ancestralidade de mulheres fortes, lembra-se com carinho de sua avó paterna “Jesuína”, que não conheceu pessoalmente, apenas através das histórias que seu pai contava, se inspirou no mistério da ausência, uma parte da história que faltou e que sempre quis completar.
Dos detalhes de como foi criada, uma infância muito lúdica e estimulada, se recorda qual foi o seu primeiro desenho e conta como isso se tornou uma necessidade em sua vida.
Interessou-se pela ciência também no mesmo aspecto de curiosidade do mundo, foi professora universitária, exerceu a profissão com bastante entusiasmo, mas foi nas aquarelas, colagens, em meio a tecidos que construiu suas melhores histórias afetivas.
Com uma linguagem artística própria, Maria Amélia desenvolveu através de experimentação a sua identidade, usando texturas, buscando o elo com a natureza, com a transcendência, ela trouxe esses elementos para arte com muita sensibilidade e potência.
Em sua exposição “Tecituras” uma arte elaborada a partir de materiais simples como retalhos, casca de árvore e papelão que apesar das diversas características, possuem relação entre si e quando juntos se transformam em obras expressivas que instigam (mexem/interrogam) o observador.
A natureza fluída da aquarela, da arte abstrata; cores, água, afeto, Maria Amélia é um ser especial! E aqui, onde é esse teatro hoje, na década de 70 em um galpão, fazia aula de artes com o mestre Braz Alécio.
Tudo isso é muito vivo na memória de Maria Amélia.
Acessível, doce e brilhante, temos muito que aprender com ela!
4 – Dança – João Moraes
Primeiro filho de três irmãos, João veio ao mundo prematuro de sete meses, na maternidade Gota de Leite. Seus pais vieram de Maceió.
Viveu até os 15 anos no mato e começou a se interessar pela dança por conta da folia de reis que passava nas fazendas, onde morava. Trancava-se no quarto da mãe e ficava em cima da cama de molas, dançando.
Aos 21 anos começou a trilhar o caminho do teatro, com o grande repertório que construiu, em 1999 criou a “Giros”, que não era apenas uma companhia de dança, ia além, era voltada para a consciência corporal do artista. Dava aulas em uma sala que construiu no quintal de sua casa.
Compromissado com a arte, João leva o seu trabalho a sério. Seu eu pessoal, profissional e humano se conectam, se preocupa com o que contexto em que vive.
É um bailarino completo, dança com o corpo e a alma, considera a arte o seu alimento, e a sua visão sobre as diversidades é a expressão de toda sua sensibilidade.
No espetáculo “Duas lágrimas para Kazuo Ohno”, que é dirigido e interpretado por ele, traz uma homenagem a Kazuo Ohno, uma homenagem a esse artista que dançava com as mãos, mestre da arte butô.
Em “Obscuro” retrata seu olhar diante da pandemia, sentiu na pele as emoções e tem a delicadeza que só um grande artista consegue acessar.
Afeto, talento e sensibilidade. Com vocês, João Moraes!
5 – Musica / Banda – Elias Gattas Junior
Formado em odontologia, foi na música que viveu suas maiores histórias. Participou da formação de algumas bandas, foi ganhador de diversos festivais, conheceu muita gente importante no cenário da música.
No contexto onde os musicais eram um incentivo aos jovens músicos, dentre eles nossa estrela, o jovem Elias esboçava seu talento desde criança quando quis aprender a tocar violão clássico.
Com muita técnica, pro atividade e talento, Elias construiu seu nome no mercado da música. Sua primeira banda chamava-se “Rabels”, já com os integrantes do “The Franciscan Boys” e o apoio do frei Alexandre Siqueira neves, o “Frei Boy” percorreram diversas cidades pelo Brasil, onde faziam shows em cinema. Viajavam em uma perua que foi carinhosamente apelidada de “Francisquinha”.
Marília vivia uma época onde havia muitos festivais, grupos musicais que, inspirados em bandas como “Beatles” viviam uma efervescência na cena musical do Brasil, alguns se tornaram inesquecíveis para Elias como o 1◦ Festival Universitário de Presidente Prudente, onde recebeu das mãos de Duprat, arranjador de grandes ídolos, por quem Elias nutre grande admiração o troféu e o 1◦ Festival de Musica Autoral de Marília, no Sagrado Coração de Jesus, que venceu com a musica “Saturnino de Brito”.
Passando pela formação de “Bill & Bony e banda Cio da Terra”, a sua não menos importante carreira como ator. Ao lado de seu amigo Waldir Silveira Mello fez a sua primeira peça “Toda Donzela tem um Pai que é uma Fera”, participou com os músicos de “Orfeu Negro” do programa televisivo que tinha a Hebe Camargo como apresentadora. Com bastante sentimento e saudade Elias se lembra com carinho dos tempos de teatro de arena e convivência com Waldir.
Uma de suas paixões, o Taekwondo, o fez se tornar o primeiro faixa preta do Brasil, em 1970 foi campeão brasileiro e, junto com a delegação mariliense e seu grão mestre Kung Mo Bang, participaram de um desfile no caminhão do corpo de bombeiros.
Na década de 90 montou a banda “Yara Show”, uma big banda com 25 músicos e 45 componentes, fazendo muito sucesso em turnês pelo Brasil.
Atualmente se apresenta com a banda “Capitão Fumaça” que, com seu som esfuziante e uma marca registrada, a motocicleta em cima do palco, fascina o público e relembra clássicos do rock billy.
Elias é um artista completo: talentoso, compromissado com a musica e uma trajetória dedicada as artes.
Como musico e interprete atravessou diversas gerações e vem se realizando, encantando e emocionando a todos.
Com uma personalidade agregadora, de trazer para perto e dar oportunidade para os talentos, levou o nome de Marília para todos os cantos.
Nunca parou de tocar carnaval, faz isso há 35 anos, na bagagem traz um coração repleto de lembranças e grandes momentos para contar e que gostaríamos de eternizar.
6 – Instrumentalista – Ricardo Matsuda
Filho caçula de uma família com cinco irmãos, sendo três homens e duas mulheres, Ricardo Matsuda nasceu na Santa Casa de Misericórdia de Marília, em 1965. Seu pai Okoto Matsuda fotografava diversos ídolos da época, dentre eles sua maior estrela: Ricardo e, ao lado de sua mãe, Kazuko Matsuda o introduziam de maneira leve ao mundo musical.
Seus 4 irmãos: Yolanda, Wilson, Eduardo e Edna assim como seus pais foram muito importantes para a formação de Ricardo. Com generosidade e paciência ensinaram muitas coisas a ele, o que faz com que alimente um sentimento de gratidão, admiração e amor genuíno.
A sua primeira experiência impactante foi ainda criança, com 2 anos de idade, quando seus irmãos e pais o levaram para assistir alguns desfiles onde se apresentava a banda do colégio Cristo Rei, uma banda de fanfarra da qual Ricardo era fã.
Seu primeiro contato efetivo com o violão se deu através de seu irmão Wilson que, tocava como autodidata e foi quem pacientemente o ensinou seus primeiros acordes, dedilhados, sendo a sua grande inspiração.
Demonstrou seu encantamento pelos instrumentos desde os primeiros passos e, apesar de muito jovem, já tinha sido conquistado pela música.
Aos 12 anos de idade, um tio querido, carinhosamente chamado de “Tio Tika” o presenteou com uma bolsa de estudos. As aulas eram ministradas pelo “Professor Kawagutti”, um amigo da família. Vale citar que, com um ano e meio de curso, seu professor chamou o pai de Matsuda dizendo que não tinha mais o que ensinar a ele. O menino prodígio já tinha aprendido tudo sobre notas, partituras e arranjos.
Tão importante quanto para a sua formação, o “Projeto Talento” que promovia encontros de jovens músicos aprendizes, lhe permitiu um intercâmbio muito rico, conheceu nesse período amigos queridos que fazem parte de sua vida até os dias atuais.
Chegou a tocar alguns carnavais com o musical “Peoples” e teve a felicidade de integrar o trio elétrico “Som da Massa”, tocando baixo e guitarra baiana.
Da sua iniciação musical com o seu irmão, o tio Tika, professor Kawagutti e toda a sua família, serviram para a construção de quem Ricardo é hoje, sendo grandes incentivadores em todos os processos.
Vivendo em Campinas desde 1984, foi lá que se profissionalizou como músico, realizou diversas turnês pelo Brasil e mundo, países como Argentina, México, Estados Unidos, Alemanha, Japão, entre outros.
Nesses anos todos vem trabalhando como arranjador e instrumentista para dezenas de produções independentes nacionais de álbuns e também como compositor de trilhas para teatro, cinema e dança.
Com 5 cd´s autorais lançados, “Dança das Estações”, “Amares”, “Espelho”, “Contos Instrumentais”, “O Cravo e a Rosa”, além da inclusão de uma composição e arranjos na obra “Campinas de Todos os Sons” da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, atualmente mantém trabalhos singulares. No “Duo Viola e Cravo” promove encontro de dois instrumentos representativos de culturas distintas, a viola caipira que representa a cultura brasileira e o cravo, que é um instrumento relacionado com a musica europeia. Esse projeto tem sido fonte de muitas alegrias, premiações e turnês.
7 – Fotografia – Lu Crepaldi
Criatividade não tem limite
Arquiteta por formação e dona de uma criatividade que não tem limite, Luciana Crepaldi é uma artista visual impecável.
Quando criança via o seu pai, que tinha uma câmera de vídeo, expor em telas de grande formato a história de vida da sua família. Momentos como o seu nascimento, de suas irmãs, o casamento e lua de mel de seus pais aguçavam algo naquela sonhadora menina.
Em 1999 Luciana comprou um scanner e durante seis anos intensos se escaneou. O resultado desse trabalho que a fez se descobrir como artista foi chamado de “Escaneandome” e atraiu olhares de circuitos de arte e cultura do Brasil, França, Portugal, Estados Unidos, Alemanha e na Espanha, especialmente em Barcelona, onde Lu construiu grandes momentos.
A partir desse trabalho com scanner, reconhecido como referência na arte de escanografia, vieram diversos outros igualmente incríveis, como tudo que faz.
Com um olhar humanista, sensível e criativo, foi premiada diversas vezes, conseguindo projeção internacional.
Reconhecida como artista contemporânea deixou uma marca que vai além de suas criações exuberantes. Lu, que também atua como arte-educadora em oficinas culturais, promovendo e ampliando a formação de fotógrafos, desenvolve em seus alunos um olhar mais sensível e apurado, despertando o melhor de cada um para que possam criar seus repertórios e fotografias autorais.
Buscando sempre o autoconhecimento de seus pupilos, os faz reconhecer o talento que carregam consigo, transformando olhares e despertando para uma carreira profissional.
Com vasto repertório, aclamada e premiada, Luciana segue brilhando em seus trabalhos. Em “Paisagens Sonoras”, cuja intenção é desconectar o apreciador da internet e inseri-lo na natureza, para isso, espalhou folhas pelo chão, identificou todos os pássaros que fotografou, captou sons de chuva, grilo, coruja.
Com “Impermanentes” onde captou as casinhas de madeira de Marília, foi buscar a memória afetiva que cada pessoa tinha dela. Inicialmente fotografou por fora e, quando entrou, viu que aquelas pessoas tinham muitas coisas para dizer.
Lu reproduz sons, imagens, objetos, como os elementos das casinhas, o ranger do assoalho, o abrir e fechar da porta de madeira, o ferver da água para um café.
Suas exposições são uma verdadeira imersão, tem o poder de nos transportar para o ambiente da fotografia.
Humanidade, diversidade, coletivismo, respeito às minorias. Lu faz questão de dar caminhos para que seus alunos possam se encontrar na vida o quanto antes para que possam brilhar!
8 – Muralista – Juraci Neris
Juraci Neris tinha 15 anos quando arrumou um trabalho de alfaiate em São Paulo. Queria mesmo era desenhar, o que fazia desde criança, mas seu pai pensando em seu futuro pediu para que seguisse na profissão que já estava encaminhado.
Uma de suas inspirações, seu avô Antônio Lopes Navas, veio da Espanha e também pintava, vivia na mesma cidade que Pablo Picasso, em Málaga.
Anos mais tarde, o destino fez com que sua vontade em expressar a sua arte se tornasse real.
De 1987 a 1999 atuou como muralista nas pinturas dos filmes em cartaz no saudoso Cine Pedutti. Esses murais ficavam expostos em frente ao cinema mais famoso da história de Marília, atraindo o público e, mais que isso, olhares admirados com a grandeza e perfeição daquelas obras. A força e beleza de sua arte eram o melhor convite para assistir as exibições dos filmes.
Impecável em tudo que faz, Juraci segue requisitado, seja nas telas que pinta ou na costura de seus alinhados e famosos ternos, atuante até os dias de hoje.
O artista que alinhava as suas criações, transformando em beleza e inspiração e que tinha o poder de nos transportar para aquela atmosfera desenhada.
Vamos conhecer essa força e simplicidade?
9 – Ator / Teatro – Marcio Martins
Nasceu em Marília, na Santa Casa de Misericórdia, cresceu e vive até hoje no bairro Cascata. Seu pai era de Timburi e a mãe de Marília.
Ele lembra quando pequenininho seu pai o levou ao teatro para assistir uma peça infantil e nesse dia um ator teve uma atitude inusitada, como se fosse um presságio do seu futuro.
Seu pai sempre foi um incentivador de sua arte, estimulando, acompanhando e apoiando, não existiam distâncias para que chegassem a suas apresentações com o saudoso fusca.
Marcio estudou música, canto e, incentivado pela mãe, se formou em Artes Cênicas.
Viveu por 10 anos em São Paulo onde participou de diversas companhias e, ao retornar a Marília, trouxe em sua bagagem muita vontade de realizar projetos parecidos com os que participou.
Em seu coração a vontade de fazer com que as experiências que teve na capital se tornassem realidade em Marília, a semente foi plantada com a criação da ELAM, Escola Livre de Artes de Marília e, mais tarde, gerou frutos com o Projeto Teatro da Cidade.
Um projeto que atendia crianças, jovens, adultos e a melhor idade, virou um projeto de teatro para a cidade de Marília, como ele tanto sonhava que acolhe tantos artistas que também estão em busca dos seus sonhos.
Com muita sensibilidade e em meio a lágrimas de orgulho e emoção, vem ver como ele se sente ao ver um aluno atuando.
10 – Aquarelista – Haydeé Monteiro (Postuma) texto Wilza
Haydeé Monteiro foi uma pintora aquarelista. Dos 88 anos que viveu, dedicou 45 à pintura. Suas telas retratam desde cenas cotidianas, paisagens e animais até seus temas preferidos como São Francisco. Realizou sua primeira Exposição em 1976, em Ilhabela. Em Marília, expôs pela primeira vez em 1977. Ao longo da sua trajetória como artista participou de inúmeras premiações, leilões e mostras.
Haydeé morreu aos 88 anos, em 30/08/2020.
Artista aquarelista, referência na cidade de Marília,possuía em sua carreira muitas exposições. Suas obras eram variadas: gostava de pintar paisagens, flores e também autorretratos.
Homenagens: Câmara Municipal e Rotary Clube.
A artista foi casada com Emili Biggi, italiano da cidade de Treviso, com quem teve um filho, Carlos Monteiro Biggi.
Haydeé deixa um legado de muito amor a arte e muita saudade da família e amigos.